Anália Franco nasceu no dia 1 de fevereiro de 1853, em São Paulo, retornando a pátria espiritual no dia 20 de janeiro de 1919.
Professora, jornalista, poetisa e escritora, dedicou a maior parte da sua vida às obras de caridade, sendo responsável pela fundação de mais de setenta escolas, vinte e três asilos para crianças órfãs, dois albergues, uma colônia regeneradora para mulheres, uma banda musical feminina, uma orquestra, um grupo dramático, além de diversas oficinas para manufatura, abrangendo vinte e quatro cidades do interior e da capital paulista, onde mais concentrou seus empreendimentos beneficentes.
Seu lema maior era acolher, educar, capacitar para o trabalho e dignamente favorecer que o necessitado passasse a uma condição de autossustentação em meio as grandes mudanças no cenário social brasileiro. Cria a Casa Maternal para acolher crianças que, com a promulgação da Lei do Ventre Livre (28 de setembro de 1871), ficam sem destino após oito anos de idade, idade em que terminava o vínculo com as mães escravizadas. Em 1888 e 1889, com o decreto da abolição da escravatura e a Proclamação da República no Brasil, o trabalho de Anália avançou ainda mais e ela conseguiu construir dois colégios gratuitos para meninos e meninas.
Lembrada como “A Grande Dama da Educação Brasileira” se valia da Reforma Leôncio de Carvalho, decretada em 18 de abril de 1879, que assegurava a laicidade do ensino público, rompendo com o juramento católico, anteriormente vigente, que era obrigatório para todos os pretendentes a educadores.
Sua produção literária é vastíssima, e inclui poesias, comédias, diálogos, operetas, canções, cançonetas, contos cômicos, romances, obras didáticas e também de cunho moral e doutrinário espírita, como As Preleções de Jesus (1901), Questionário para Habilitação à Assistência das Sessões Práticas de Espiritismo (1912) e Compêndio de Preces (1916).